quarta-feira, 2 de outubro de 2013

Quan­to Mais Comum, Mais Verdadeiro






Deveríamos nos permitir ser guiados pelo que é comum a todos. "Heráclito"







Olhe para a comunidade das coisas e descubra o comum: quan­to mais comum, mais verdadeiro; quanto mais excepcional, mais falso.

Seja ordinário — e você estará mais perto do chão, mais perto da verdade. Se conseguir ser absolutamente comum, o que mais será necessário? — pois cada momento torna-se uma graça tão grande... Qual é o problema de ser absolutamente comum?

Você come e comer é um sacramento. Você dorme e dormir é um sacramento. Caminha sob o sol o que mais é necessário? Você respira — o que mais precisa para ser feliz? Você ama — o que mais quer?

Todas as coisas já foram dadas; você está só tentando ser ex­cepcional. Siga a regra geral, o comum, e não tente ser uma exceção, senão estará na miséria.

O inferno é para todas as pessoas extraordinárias. Elas podem estar na política, na arte, na literatura, onde quer que estejam, o inferno é para todos os gênios, para todas as pessoas extraordinárias, para todos os egoístas.

O ego é o inferno, ele causa sofrimento — porque você começa a criar conflitos desnecessários em todas as coisas. Nunca está à vontade; o desconforto toma-se o seu estilo de vida — com o ego, você está sempre desconfortável.

O ego é um desconforto; é um prego no sapato; espetando o tempo todo, mas você quer ser extraordinário. Então... 

Osho, em "A Harmonia Oculta: Discursos Sobre os Fragmentos de Heráclito"