terça-feira, 7 de março de 2017

A Cultura do Sofrimento II

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Como agir diante do medo e não ser seu escravo? Olhe para ele. Não tente justificá-lo.






Apenas olhe e não o obedeça, pois o medo é um campo de energia que anda de mãos dadas com o sofrimento e que ganha vida ao ser alimentado, ou seja, o que nasce dele só gera mais dele mesmo e seguir as suas instruções garantirá com toda certeza o acesso ao sofrimento encadeado.

O medo provém da culpa que gera a crença do não merecimento. Quando algo bom aparece em sua vida isso te assusta e você fica com medo desse tal algo ter vindo apenas para ser retirado depois. A pessoa sente medo de ser uma providência da vida para castigar, dando o gosto do bom para depois retirar.

Essa sensação é inconsciente e faz parte da programação da culpa, e isso gera determinados mecanismos de defesa. Quando isso acontece, o medo de perder aquilo que está disponível nesse momento te deixa inseguro e, portanto, bastante ansioso, agitado, agoniado e com a necessidade de querer controlar determinada coisa. Esse controle, por ser impossível, vira uma obsessão e gera muitas frustrações por não se alcançar o objetivo almejado, que é o de se sentir seguro.

O medo de sofrer por algo que pode vir acontecer é muito maior do que se de fato tal coisa acontecesse. Então a pessoa sofre com o medo de sofrer, apegando-se a ilusão desse sofrimento que não possui nada de real, pois são apenas pensamentos projetados no futuro que tenta se prevenir da dor caso tal coisa aconteça, o que naturalmente é impossível porque não podemos antecipar sensações baseadas num futuro.

Em dado momento o sofrimento gerado pelo medo de sofrer é tão grande que inconscientemente a pessoa sente a necessidade de eliminá-lo, ocorrendo a partir daí o processo de antecipação daquilo que ela acha que pode vir acontecer. Daí nasce a autossabotagem. Tudo isso é feito pelo medo de sofrer que já gerou o sofrimento e que, por ignorância deste sistema de crença, faz a pessoa abrir mão daquilo que recebeu por associá-lo ao sofrimento dela.

O que está escrito aqui pode ser resumido numa única frase: “A felicidade é um peso para quem sente culpa, e ninguém quer carregar o que pesa. Já o sofrimento é um companheiro de velha data e, por isso, um local seguro, apesar da estranheza desta forma de viver”.

Para aceitar a felicidade é necessário abrir mão do sofrimento, pois onde um está o outro não está. E para abrir mão do sofrimento é necessário olhar para esse processo e conscientemente fazer as coisas de maneira diferente.

Lembre-se que você é merecedor da felicidade e não está devendo nada para ninguém. As culpas que você carrega dentro de si não são legítimas, pois todos estão fazendo o melhor que podem e você também não poderia ter agido diferente no momento em que tais culpas foram geradas.

Ao sentir medo de perder algo, lembre-se que, o que chega para você, é para você. E por merecimento, não por qualquer outro motivo.

O Divino não castiga, não pune, e não usa de métodos humanos para nos fazer aprender o que tem de ser aprendido. É necessário se lembrar que Deus é amor, e o amor só quer compartilhar a si mesmo demonstrando o que ele é tocando os corações endurecidos pela culpa e remorsos passados. Mas você pode se punir escolhendo o sofrimento a partir das suas decisões que sempre serão respeitadas pelo universo, pois é seu direito escolher o que deseja experimentar. Você é mestre de sua vida e todas as suas experiências são geradas a partir da sua percepção que reflete a sua escolha que criará a sua realidade.

Você merece ser feliz, independentemente do que acha que é ou das culpas que carrega dentro de si. Aceite isso e então você estará aberto para receber os presentes que a vida lhe trará de braços abertos, eliminando assim o processo desencadeado pela crença do não merecimento que fez da humanidade uma discípula da dor.

Diogo Beltrame


Universalista, Terapeuta Quântico, Consultor Metafísico,
Formador de Terapeutas Holísticos, Mestre em Reiki,
Renascedor e Palestrante