quarta-feira, 24 de julho de 2013

Hoje eu sei





Hoje eu sei que a compaixão é capaz de transformar o mundo e transformar o ser.






Hoje eu sei que a compaixão pode ser desenvolvida, cultivada, que as áreas do cérebro responsáveis pela compaixão podem ser estimuladas.

Hoje eu sei que é possível "musculação de neurônios" através da meditação e do pensamento amoroso, terno, inclusivo, compreensivo, sábio.

Hoje eu sei que Buda se manifesta em cada ser que se entrega à bondade e ao Caminho do Bem, que é o Caminho Iluminado.

Hoje eu sei que a Verdade é o Caminho. A Verdade com "V" maiúsculo, onde tudo está incluso - até mesmo as mentiras.

Hoje eu sei que não sei, que não há nem mesmo um "eu" que sabe e não sabe.

Hoje eu sei que intersomos, interconectados com tudo que existe. Somos um só corpo e uma só vida. Estamos em rede. Na rede de Indra, feita de raios luminosos e em cada intersecção uma jóia recebendo e emitindo raios em todas as direções.

Hoje eu sei que somos co responsáveis pela realidade em que vivemos, pelo mundo em que estamos e que não adianta reclamar, é preciso agir para transformar.

Hoje eu sei que a juventude passa, os amores passam, a velhice passa, os desamores passam. Tudo é transitório e passageiro. O que se une inevitavelmente se separa. E assim é.

Hoje eu sei que a pessoa mais forte é aquela que se pende primeiro - assim como o bambu - flexível.

Hoje eu sei que a água é capaz de se moldar ao recipiente que a contém e que o gelo é duro e pode ferir. Então faço dos ensinamentos sagrados o sol que derrete o gelo e nos liberta de nossa própria frieza.

Hoje eu sei que é preciso sentir, que a indignação é uma alavanca para as grandes transformações e que as grandes transformações são feitas de pequenos gestos simples no dia a dia.

Hoje eu sei que palavras amorosas e ternas afetam as moléculas de água e que somos mais de 75% água. Então eu cuido do que falo, do que penso e como ajo.

Hoje eu sei que a mudança depende de mim, de cada um de nós. E que só há um caminho: ação amorosa e não violenta para resolver conflitos e atritos.

Hoje eu sei que a vida vale a pena ser vivida em sua plenitude deste instante eterno.

E tudo que temos é este instante. Aqui e agora.

Mãos em prece
(Monja Coen)


Fonte: Rádio Viva Zen