domingo, 22 de abril de 2012

Mal de Alzheimer

O mal de Alzheimer é uma doença que leva o nome do neurologista alemão Alois Alzheimer que viveu no século XIX.

Manifesta-se por volta dos cinquenta anos de idade como uma demência caracterizada por uma deterioração profunda e maciça da inteligência, associada a uma desorientação temporal e espacial.


Daniel  G. Amem, neurologista e psiquiatra americano autor do livro"Transforme seu cérebro, transforme sua vida", concluiu através de seus estudos de radiografia do cérebro que esses pacientes têm perfusão (passagem de líquido, inclusive sangue, através de um órgão) diminuída nos lobos temporais e uma atividade diminuída nos lobos parietais, algumas vezes encontradas nesses cérebros, de três a seis anos antes do surgimento dos sintomas.

Também garante que pode ser difícil distinguir se trata-se do mal de Alzheimer ou de uma
depressão, pois os sintomas são muito semelhantes. Pela medicina convencional essa doença ainda é considerada incurável, embora existam remédios específicos que conseguem estabilizar, por algum tempo, o funcionamento das partes afetadas do cérebro. 

A medicina chinesa e os estudos psicológicos de correlação das doenças com os padrões mentais do ser humano mostram que o mal de Alzheimer ocorre com pessoas que teimaram a vida inteira em não aceitar a vida como ela é. Na verdade sempre procuraram controlar os acontecimentos ou os pensamentos dos outros à sua maneira, mas, quando contrariados, acabaram gerando para si mesmas frustração e raiva.

Todos sabemos o quanto é difícil alguém se contrapor ao livre-arbítrio de uma pessoa, seja através de crítica seja de sugestões. Por isso, a única saída para aqueles que resistem em mudar seu modo de ver a vida é começar a esquecê-la, o que vai revelar o outro extremo de seu ego controlador e indefeso. Essas pessoas perdem, inconscientemente, a esperança de transformar o ambiente em que vivem e partem para um estado de demência a fim de relaxar.

Aos familiares e amigos de idosos com esse mal aconselho conversarem com eles normalmente, mostrando-lhes novas maneiras de perceber os acontecimentos. Procurem contar-lhes casos engraçados e suaves para estimular seu bom humor. Devem falar-lhes sobre o perdão e a alegria de viver, pois eles precisam aprender a libertar para alcançar a sua própria liberdade.

Entenda que enquanto a consciência foge dos processos da vida pelos estranhos caminhos da amnésia, da demência, das drogas ou do sono, o inconsciente do ser humano permanece intacto e ativo em seu ritmo instintivo de emoções e de necessidades fisiológicas e biológicas. Procure entendê-lo tratando-o com amor e paciência, mesmo que ele se mostre violento e esquecido, pois esse comportamento é típico de sua obstinada resistência em não querer ajuda.

Ele sabe, inconscientemente, que essa ajuda, certamente, vai curá-lo, o que o obrigaria a ter de dar o braço a torcer contra a sua vontade. Querido leitor, para combater esse orgulho cego só existe um caminho:ame-o sinceramente e compreenda que o mal de Alzheimer foi a única forma encontrada para a sua sobrevivência, uma vez que suas crenças errôneas estão profundamente enraizadas em sua mente.

Converse com seu subconsciente como se estivesse conversando com uma pessoa normal, o que, na realidade, ele é, apenas carrega medos maiores que sua vontade. Portanto, ignore as aparências e ame a sua essência. Se todos os familiares tratarem-no com muito amor, não como a um doente, mas como a uma pessoa saudável, ele perceberá em sua própria alma que vale a pena lembrar de seus entes queridos.

Cuidado com o que você pensa a respeito dele, pois o inconsciente coletivo tem muito mais força de transmissão do que o verbo. Não duvide daquilo que ainda você não tem total conhecimento, as coisas não são exatamente como vemos com os olhos físicos. Seu pensamento é uma arma poderosa, portanto, para ajudar alguém só será possível fazê-lo através do amor verdadeiro em seus pensamentos, suas palavras e suas atitudes.

Faça-o captar o seu amor por todos os poros e aprenda que idade não impede ninguém de progredir e construir sonhos para o futuro. O futuro pode ser tão longo quanto se acreditar. E oportuno destacar que o índice populacional de idosos ativos com mais de cem anos de idade cresce a cada ano em todo o mundo, principalmente em países orientais.

Você que tem um familiar, amigo ou conhecido portador do mal de Alzheimer, precisa acreditar, de coração, que vale a pena colaborar para que ele se recupere e transforme sua vida para melhor. O perdão, o desapego e o amor sem imposições são as ferramentas ideais para se reconstruir uma vida.

Assim, permita que seu consciente experimente a liberdade de soltar sem medo e sem culpas seus familiares e você verá o quanto seu comportamento anterior limitava o desenvolvimento das pessoas ao seu redor e a sua própria liberdade para evoluir.

Cristina Cairo


Fonte: Extraído do Livro "Linguagem do Corpo - Beleza e Saúde"

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