quarta-feira, 27 de fevereiro de 2013

Identifique e Cure a Criança Interior Ferida, Com a EFT




Estudando sobre a área do autoconhecimento e emoções humanas, já tinha ouvido falar da questão da criança interior que guardamos. Antes de me tornar terapeuta esse conceito era pra mim algo apenas abstrato, apenas uma metáfora.





Mas, tratando pessoas diariamente, vi na prática, de uma forma muito concreta, a figura da criança interior e como ela se manifesta tendo grande influencia no nosso comportamento. O que antes me parecia apenas uma teoria vaga, se mostrou muito real. Vou explicar como isso ocorre.

Existe um fenômeno emocional interessante que ocorre com todos nós. É como se tivéssemos duas partes, uma que ainda é criança, e outra parte adulta e amadurecida. Quando acontecem traumas na infância, guardamos uma criança ferida dentro de nós. Não estou falando apenas de traumas graves, mas também de pequenos traumas: rejeições, mágoas dos pais, sentimento de abandono. E essa criança ferida interfere bastante no adulto que você é hoje.

Vou explicar melhor como isso acontece na prática. Atendi uma determinada cliente com problemas de depressão. Começamos a tratar vários sentimentos do presente com a *EFT (técnica para autolimpeza emocional, veja como receber um manual gratuito no final do artigo). Inevitavelmente, chegamos a acontecimentos na infância. Ela lembrava de uma cena, uma frase, que ficou gravada muito forte. O pai falava pra mãe dela a seguinte frase: "Você está criando cobra pra te morder". O pai se referia justamente a minha cliente.

Ao lembrar de fatos traumáticos lá da infância, eu sempre pergunto como o cliente se sente, como ele está se vendo ao lembrar da cena. O que acontece, via de regra, quando os sentimentos são intensos (ou mesmo que não estejam aparentemente intensos por estarem reprimidos) é que a pessoa tem a sensação da época e se sente como "a" própria criança. Ela se via dentro da cena, como se ainda tivesse seus 12 anos de idade.

Existem duas perspectivas, dois pontos de observação diferentes quando lembramos de um fato passado traumático. Tem lembranças que quando acessamos nos sentimos como o próprio personagem. É como se, ao lembrar da cena, você a visse através dos seus olhos, como se você estivesse vivendo o ocorrido no presente. Não estou falando de regressão nem de hipnose. Em estado plenamente consciente, a pessoa relata o fato e sente uma proximidade emocional tão grande que fisicamente tem a sensação de estar dentro da cena.

A outra perspectiva é quando você lembra da cena, mas é como se você assistisse a um filme na tela do cinema. Você é um espectador. Como se estivesse nas cadeiras, vendo uma cena sua do passado. Você consegue ver uma criança na cena que é você mesmo e os demais participantes também. Nesta perspectiva a distância emocional é maior, então fisicamente você se sente mais distante e assiste tudo de longe.

Como regra geral, quanto maior a carga emocional, mais você se sentirá dentro da cena. E quanto menos carga emocional, mais expectador e mais longe você verá a cena.

Dessa forma, a minha cliente se sentia como a própria criança que já foi um dia, ouvindo a frase do pai. Essa frase lhe trazia um grande incômodo, uma mágoa enorme. Sempre que encontro um ponto emocional aplico a EFT para dissolver aquele sentimento guardado.

E é muito interessante observar o que ocorre; a mudança de perspectiva ao enxergar a cena. Na primeira rodada a mágoa estava muito intensa e ela se sentia como a criança. Depois da rodada, eu faço a cliente avaliar novamente, e ela constatou que saiu de dentro da criança e estava olhando a cena de fora, mas ainda bem perto. A mágoa já estava menor.

Aplico mais uma rodada, pergunto novamente da distancia, e a cliente relata que a cena está mais longe ainda e a mágoa menor. Assim vou aplicando rodadas de EFT, até que a mágoa e outros sentimentos contidos no evento sejam eliminados completamente. Ao final da aplicação, o sentimento relatado pela cliente é que a cena ficou muito longe, muito distante, e o som das frases que ecoava forte, também se dissolveu.

Neste momento, curamos a parte criança que estava ferida. Fiz isso com várias outras cenas de agressão verbal e física que ela sofreu do pai. E qual é a conseqüência de guardar essa criança ferida? Bem, no caso da cliente, problemas de depressão, dificuldades nos relacionamentos com homens, e uma série problemas de autoestima. Curando cada cena estamos caminhando para eliminar a queixa global da depressão.

No artigo anterior escrevi sobre "o impacto das palavras e ações na autoestima das crianças". Em momentos emocionais difíceis da infância, fica ali guardada uma cena, um momento da criança ferida dentro de nós. Ela precisa ser curada para que você se reintegre totalmente.

Falei em outro artigo sobre os "gatilhos emocionais". Muitas situações do seu presente (relacionamentos com a mulher, com chefe, irmãos, pais e outros fatos) vão acionar a criança ferida que você ainda guarda e a sua reação emocional pode ser intensa. É também uma forma de ativar um gatilho emocional.

Observe então as cenas e lembranças do seu passado. Você se sente dentro da cena ao lembrar, como se fosse a criança? O que você sente? Você enxerga de fora mas a cena ainda está muito próxima? Você está de fora mas sente pena ou tristeza pela criança que você enxerga na cena (que é você mesmo)? Essa é uma forma de você identificar momentos da criança ferida que você ainda carrega. Identifique e cure através da EFT.

André Lima


EFT Practitioner, Terapeuta Holístico, Mestre de Reiki e Engenheiro.

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Fonte: Somos Todos Um

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