sexta-feira, 24 de maio de 2013

Mudança de atitude



No post anterior eu falava dos vícios emocionais negativos.

Mas agora que você já sacou como funcionam essas ligações químicas na cabeça e no corpo, hora de começarmos a focar no como podemos mudar esse “círculo vicioso”.




Mudar sua maneira de pensar é o primeiro passo. Mas nem por isso o mais fácil. Porque estamos tão acostumados a pensar de um certo modo que nos parece irreal ou artificial mudarmos certos padrões.

Saiba que “padrão de pensamento” nada mais é que um “modo” de pensar. É a maneira como você sempre foca ou pensa em determinado assunto de acordo com a maneira que você aprendeu numa fase da sua vida.

Esse modo de pensar só se tornou o seu “padrão” porque você investiu nele tempo e “força”. Essa “força” pode ser chamada de “fé” na coisa, no caso da ideia ou crença que você assumiu. Fé é “crer com paixão”. Disso os religiosos já sabem a muito tempo.

Então se você crer com muita paixão em algo, aquilo vai se tornar um “padrão de pensamento” e toda ideia correspondente àquela crença ou maneira de pensar, vai se manifestar.

A medida que você assumir aquilo como sendo “seu”, aquelas crenças começam a “tomar corpo”, ou seja, começam a ser incorporadas a sua maneira de pensar e de “ser”. Tornam-se o seu carater, sua personalidade e seu jeito de pensar e agir.

Pra mudar um padrão, precisamos “trocar” uma crença por outra. Mas não basta você decidir, chegar um dia e dizer; “ah eu quero começar a pensar diferente hoje”. Tudo bem você ter essa força de vontade, mas só boa vontade não basta.

Você tem que lembrar que suas crenças estão fundamentadas em sinais químicos de dor ou de prazer que você incorporou. Você está viciado em certos padrões. Então pra muda-los, você precisa convencer-se que aquela nova crença é boa.

De que adianta eu dizer pra você que uma comida exótica é boa se você não prova-la, e então decidir se ela é boa ou não?

Então pra mudar as crenças, você precisa da experiência. E vamos falar a verdade, de experiência boa ou ruim todo mundo tem de monte. Esse é o pulo do gato.

Você só vai querer mudar algo que está te machucando pra valer. Porque aquilo que não te incomoda no momento, você não vai querer mexer. Você já deve ter percebido isso ao observar a vida dos outros.

Tem gente que sofre, come o pão que o diabo amassou, mas tá lá firmão naquilo. A pessoa não vê que aquele relacionamento, aquela vida, aquela maneira de pensar está acabando com ela.

Pra você que tá de fora é masoquismo, mas pra pessoa que vive, é "normal" se sentir daquele jeito. Nada do que você disser vai mudar isso. Então como isso muda? Bom, só ela pode mudar, na hora que criar consciência que aquela situação é ruim pra ela.

Com a gente é a mesma coisa. Nada do que eu disser vai mudar você. Você só muda quando cansa de uma situação ou acorda pro mal que aquilo causa em você.

Como você tá lendo isso aqui, então é certo que algo na sua vida não tá legal e você quer mudar. Esse é o primeiro passo, você tá ciente que algo não vai bem, e tá afim de mudar isso.

Você também já sabe que tem haver com a maneira de pensar e o seu “sentir”. Ou seja, você já está em processo de “mudança de crenças”, mesmo sem ter total controle disso.

Agora vamos finalizar a parada toda:

Você tem crenças que te machucam ou causam problemas pra você viver melhor. E você quer muda-las. Você já sabe que elas não servem mais, já as identificou pelo modo como se sente. Causam mal estar, sem contar que atrasam sua vida.

Você quer ser mais alegre, mais tranquilo, mais jovial, mais forte, mais independente. Sua alma quer isso. E ela não vai te deixar em paz enquanto você não “entrar nos eixos”.

A alma tem um papel central nisso. Sem ela não haveria mudança, seríamos robôs programados, pois não haveria aquela coisa no peito que motiva você a uma hora mudar a cabeça.

Como você já sabe o que quer, é hora de incorporar novas atitudes. Incorporar é “assumir pra você”. Vestir como o Luis Gasparetto costuma dizer . É “crer com paixão” naquilo que você quer.

Lembra daquele relacionamento que acabou desgraçadamente e você sentenciou: “nunca mais vou amar outra vez”. E ae você se fechou pro amor. Todo mundo já passou por isso.

Pois é, você “pôs no corpo” – incorporou aquele padrão com muita raiva e à partir dae nem Deus é capaz de fazer você se abrir.

Teve também aquele dia que seu grande projeto de vida desandou. Ae você puto da vida, frustrado, sentencia: “nunca mais vou me deixar iludir de novo, não vou mais perder tempo tentando fazer meus projetos se tornarem realidade”. Ae você recalca sua verdadeira vocação de empreendedor, e vira funcionário público.

Nos exemplos acima, você "incorporou" uma crença com muita emoção, seja ela raiva, frustração, tristeza, medo, etc. Da mesma forma, podemos incorporar novas crenças usando o mesmo princípio, desde que seja com “paixão”.

Eu, um certo dia, depois de cansar de ser o capacho de sempre, sentenciei; “nunca mais vou me pôr pra baixo”. Foi com raiva, com determinação. Eu incorporei a parada, eu pus no corpo. Desnecessário dizer que nunca mais eu me rebaixei.

Então é assim que funciona, não é “bicho de sete cabeças”. Basta você usar aquele poder de “crer” com paixão e determinação, que a coisa muda.

Renato Palhano 

Nenhum comentário:

Postar um comentário