Ao longo da vida passamos por várias situações negativas: mágoas, tristezas, frustrações, culpas, medos, raivas, brigas em família, humilhações sofridas na escola, falta de atenção dos pais, rejeição, traições, acidentes, violências sofridas...
Ao passarmos por essas experiências sentiremos as emoções negativas crescerem até certo nível. Terminada a experiência existe uma tendência, com o passar do tempo, que essas emoções negativas se dissolvam.
Por exemplo: você discute com alguém e sente raiva. Dependendo da intensidade da discussão e do seu equilíbrio ou desequilíbrio, ao final do dia a raiva está menos intensa. Você volta a lembrar do fato, ainda sente raiva, mas em um grau menor. No outro dia você lembra mais uma vez do que aconteceu e a raiva diminui ainda mais. Uma semana depois você lembra do fato e não sente mais raiva, mas sente uma mágoa. Passam-se mais alguns dias, o sentimento vira uma tristeza. Com o passar de mais tempo, pode acabar por se dissolver completamente e você consegue pensar naquela discussão sem sentir absolutamente mais nada.
Entretanto, nem sempre essa dissolução do sentimento acontece de forma total. O que muitas vezes ocorre é que a emoção perde a força inicial, mas acaba por deixar resíduos, até mesmo anos depois.
Às vezes é fácil perceber isso. É possível que você se lembre de um fato lá da infância agora já na idade adulta ou na maturidade e ainda sinta um desconforto emocional. Ou fatos que aconteceram na semana passada ou há cinco anos que ainda trazem, ao serem lembrados, sensações desagradáveis.
Não importa a intensidade. Se houver qualquer tipo de desconforto ao lembrar de certos fatos, é um sinal muito claro de que aquela emoção ainda não se dissolveu completamente. Ou seja, ficou um resto emocional de algo do passado. Podemos chamar isso também de “bloqueio emocional”. O que as pessoas chamam de “bloqueio emocional” nada mais é do que uma emoção negativa (ou um conjunto delas quando o bloqueio é maior) que ainda não foi dissolvida.
Todo ser humano já passou por inúmeras experiências que deixam pequenas sequelas emocionais e outras que deixam sequelas menores.
Muitas pessoas falam que não sentem nada ao se lembrar de determinadas experiências negativas do passado. Nos casos em que a emoção se dissolveu 100% é isso mesmo o que vai acontecer. Entretanto, tem pessoas que afirmam lembrar e não sentir nada, mas é só a gente começar a revirar o passado falando sobre o que aconteceu que as emoções guardadas começam a aparecer.
Superficialmente a pessoa acha que não sente nada, mas é só mexer na ferida... E é interessante também observar que, de fora, a gente consegue perceber mais facilmente que a pessoa está sentindo um incômodo emocional que ela não se dá conta. Como terapeuta, o meu papel é apontar e fazer a pessoa tomar consciência de como ela se sente ao falar sobre determinado assunto.
Podem acontecer quatro coisas quando perguntamos ao cliente o que ele sente ao lembrar de determinado fato negativo:
1. Ele afirma não sentir nada, pois a emoção já foi dissolvida 100%, e nós conseguimos perceber que é realmente isso o que ocorreu e que ele está em paz.
2. Ele consegue reconhecer e identificar na hora que sente algo desagradável (seja intenso ou não), o que é muito bom.
3. Ele sente algo desagradável, mas não tem consciência de que aquilo não é o seu estado natural; acha que é algo normal se sentir daquele jeito. Pela falta de auto-observação ou por sempre ter se sentido desconfortável com relação àquele fato ou no seu estado geral, ele nem sabe a diferença entre se sentir bem e se sentir mal.
Imagine uma pessoa que já nasceu com uma dor de cabeça constante que nunca variou de intensidade. É impossível pra esta pessoa saber que está com dor de cabeça e que isso não é normal, afinal de contas, ela não sabe o que é não ter dor de cabeça.
4. O cliente até sente o desconforto e o identifica, mas não compreende que aquilo é exatamente uma emoção guardada, um bloqueio energético e emocional, algo que pode ser tratado.
A carga emocional das experiências negativas se acumula dentro de nós em forma de energia bloqueada nos meridianos, que são os canais por onde circula a energia do nosso corpo.
Os bloqueios emocionais são também bloqueios energéticos. Mesmo que você não fale sobre as experiências negativas, mesmo que essas lembranças nunca venham à tona, se houver carga emocional negativa contida não dissolvida, quer você tenha consciência ou não disso, você sofrerá consequências no seu presente. Os bloqueios guardados se somam e causam dificuldades emocionais mais complexas e doenças físicas.
Como eu consigo identificar um bloqueio emocional ou bloqueio energético? Quando você lembra algo que aconteceu no passado e sente qualquer desconforto emocional, seja raiva, mágoa, tristeza, frustração, culpa ou qualquer emoção negativa, intensa ou não, você acabou de descobrir um bloqueio energético e emocional.
Se você sente qualquer tipo de emoção negativa ao pensar em uma pessoa ou em qualquer situação do presente ou futuro, você acabou de identificar bloqueios energéticos e emocionais. Quando sentimos dores, desconfortos físicos e quando estamos doentes, estamos presenciando a manifestação de vários bloqueios energéticos por trás dos sintomas.
Às vezes parece que as lembranças já não trazem um peso, porém, desenvolvemos um medo de passar novamente pela experiência negativa, o que influencia na maneira de agir, impedindo de realizar o que se deseja. Esse medo também é um bloqueio. Outras vezes, as emoções estão guardadas, mas não as sentimos porque criamos uma defesa e as reprimimos.
Aliado a tudo isso, vamos escutando e aprendendo através de exemplos de terceiros a ter pensamentos e crenças negativas sobre a vida, dinheiro, relacionamentos. Tudo isso também é bloqueio emocional. Isso vem dos pais e outros familiares, professores, religião e da sociedade como um todo.
O somatório de tudo isso cria uma carga emocional negativa não dissolvida grande. São pequenos pesos que, quando somados, criam grandes dificuldades para realizarmos qualquer coisa em nossa vida. Este acúmulo é o causador de todos os tipos de dificuldades como:
- Preguiça, falta de vontade, cansaço
- Dúvida, indecisão do que fazer no trabalho e na vida pessoal
- Medos, inseguranças, falta de confiança em se realizar o que se quer na vida.
- Ansiedade e procrastinação que por sua vez podem alimentar vícios e obesidade
- Problemas de autoestima
- Dificuldade nos relacionamentos familiares e sociais
- Raiva, agressividade, incompreensão, impulsividade
- Dificuldade em prosperar na profissão
- Insatisfação, frustração na vida pessoal e profissional
- Complexos de inferioridade, culpa, sentimento de incompetência, autorreprovação
- Dificuldades inexplicáveis em realizar projetos de vida, sonhos, cursos, trabalhos profissionais
- Fobias de todos os tipos
- Depressão, pânico
- Dificuldades na vida sexual
- Doenças físicas, dores das mais variadas
- Etc.
Toda essa lista acima, e muitas outras coisas que daria uma lista infindável, são consequências de “bloqueios emocionais” ou emoções negativas não dissolvidas.
Ainda bem que aprendemos também coisas positivas com nossos pais, escola e sociedade, é claro. Felizmente, podemos eliminar toda a parte negativa de forma rápida e profunda através da EFT proporcionando:
- Disposição e coragem no dia a dia
- Calma e paz interior
- Clareza mental e discernimento para escolher a profissão e para realizar projetos pessoais
- Autoaceitação, sentimento de ser capaz de fazer o que deseja, autoconfiança
- Compreensão, perdão, paciência e tolerância para com outras pessoas
- Motivação, satisfação pessoal
- Saúde mental e física
- Melhora da autoestima
As vantagens desse processo é que é de fácil aprendizado, tem uma eficácia extrema, não precisa utilizar agulhas, ferramentas ou qualquer tipo de coisa e ainda tem um manual que pode ser baixado gratuitamente na internet para aprender o básico sobre a aplicação. Somente com o básico, já é possível fazer um trabalho muito profundo de autoaplicação.
André Lima
EFT Practitioner, Terapeuta Holístico, Mestre de Reiki e Engenheiro.
Fonte: Somos Todos Um
