sexta-feira, 4 de abril de 2014

Obrigado, Osho







Querido Osho, em qualquer situação, se eu digo a você, internamente, “Obrigado, Osho”, alguma coisa acontece. Isso cria uma certa distância de minha mente, eu me torno mais e mais sem peso, eu começo a flutuar, a voar, eu não sei aonde estou indo. Mas, por favor, deixe-me dizer novamente, novamente e agora:“Obrigado, Osho.”








"Acontece algumas vezes de você, de repente, se ver diante de um belo fenômeno. Isso foi o que aconteceu quando internamente você disse “Obrigado, Osho.” Isso não são apenas palavras, é um agradecimento sentido por cada fibra de seu ser – isso é gratidão.

É por isso que você de repente se sente sem peso; toda carga da mente – preocupações, tensões – desaparecem. Você se sente como se pudesse flutuar no céu como uma nuvem. Você topou com uma técnica sem saber que ela é uma técnica.

É um método tibetano. Ele tem sido por pelo menos dois mil anos. Num mosteiro tibetano – você ficará surpreso se visitar – todo lama, sempre que entra em contato com o mestre durante o dia, trabalhando no campo, trabalhando no jardim, ele simplesmente se curva, coloca sua cabeça nos pés do mestre e diz, “Obrigado, mestre.” Isso é internamente, não é, na verdade, em palavras. Isso é um sentimento, um agradecimento.

Às vezes acontece de num dia o discípulo poder entrar em contato com o mestre inúmeras vezes. Inúmeras vezes ele fará o mesmo, e pouco a pouco ele se torna consciente de que aqueles momentos são os mais preciosos.

Ele começa a procurar pelo mestre. Então o mestre diz a tais discípulos, “Agora, verdadeiramente, não há mais necessidade de tocar meus pés. Onde quer que vocês estejam, simplesmente se curvem em minha direção com o mesmo sentimento de agradecimento e vocês terão a mesma experiência.”

E esta é uma nova descoberta – no começo eles estavam pensando que alguma coisa estava acontecendo por causa do mestre; agora eles sabem que alguma coisa está acontecendo por causa deles mesmos. Todo o foco mudou.

No momento que eles descobriram que aquilo é a própria gratidão deles, então o mestre disse: “Agora não mais se preocupem com a direção. Todas as direções dão no mesmo. Curvem-se, curvem-se em qualquer direção; apenas lembrem-se do sentimento.” E eles ficaram surpresos: não era nem mesmo a direção do mestre, todas as direções dão no mesmo.

E, por fim, o mestre disse, “Não há necessidade alguma de curvar-se todo o tempo desnecessariamente. É apenas uma questão de sentimento. De pé, sentado, deitado, em qualquer postura do corpo, se você puder sentir a gratidão, você sentirá aquela ausência de peso, o silêncio e a imensa doçura por todo o seu ser.”

Você encontrou um certo método por si mesmo; alegre-se. Desfrute isso. Desfrute isso mais e mais, assim pouco a pouco não haverá necessidade de dizer isso em momentos específicos. Isso se tornará exatamente a sua própria vida – sentado, andando, fazendo mil e uma coisas, mas a gratidão permanecerá internamente.

O mestre é apenas uma desculpa. Apenas para os iniciantes ele é bom, porque sem uma desculpa eles se sentirão um pouco embaraçados. De pé, num quarto vazio, dizer “Obrigado” parecerá um pouco embaraçoso.

Assim, é apenas para os iniciantes que um mestre se torna uma desculpa – embora quando você está tocando os pés do mestre e dizendo “Obrigado, mestre” você está dizendo isso num quarto vazio.

O mestre é um vazio. Use isso mais e mais, de modo que pouco a pouco isso se torne um fenômeno natural, como o respirar; E isso trará tremendas experiências para você.".

Osho, The Osho Upanishad,# 17 
Tradução: Sw Champak



Fone: Osho Sukul