Uma vez compreendido que o julgamento não traz nada de positivo para a sua vida cotidiana, é importante que se faça um trabalho de desmame deste hábito, pois a sociedade humana está tão habituada a julgar a tudo e a todos que, sem um pouco de treino e a compreensão dos motivos disto ocorrer, não será possível simplesmente mudar. É necessário que se entenda os porquês de sempre estarmos julgando, para então podermos realizar esta mudança interna.
A mente humana é programada para identificar, julgar e agir, e esses atributos são legítimos desde que usados com inteligência. A mente é uma ótima e poderosa ferramenta desde que seja usada por nós, mas o que vem ocorrendo é o oposto disto, a mente se apropriou do ser. É ela quem vem dando as cartas na sua vida. A mente da humanidade está fora de controle. A humanidade se tornou escrava dela. Não são as pessoas que usam a mente, mas sim a mente que usa as pessoas. Basta você observar a sua própria ignorância e descontrole sobre os seus próprios pensamentos. Todos os dias você tem milhares deles, e esses pensamentos são os mesmos que te acompanham por muitos anos. Trata-se de padrões repetitivos, geralmente atrelados ao passado ou ao futuro que só fazem mal, pensamentos estes que geram ansiedades e tristezas.
Enquanto ocorrer a identificação com as coisas, a sua mente vai julgar, e então você estará sujeito a todos os desencadeamentos deste julgamento que foram citados no texto anterior. É importante que você saiba também, que um dos motivos que o faz julgar uma pessoa como irritante, chata ou gananciosa, é o próprio espelho que esta pessoa está sendo para você. Tudo o que te irrita no outro é o reconhecimento daquilo que você é. Se você acha alguém avarento é porque você também é avarento, e a sua irritação é justamente por estar reconhecendo em você um atributo que julga ruim, e como defesa você acaba projetando no outro.
Outro fator que instiga o julgamento é o complexo de inferioridade. Se você o possui, sempre irá buscar rebaixar o outro para trazê-lo até o seu nível. O ego não suporta nada que esteja acima dele, e, na incapacidade de se elevar, ele arrumará alguma forma de rebaixar aquilo que considera superior. Isso é o que faz você sempre estar em busca daquilo de ruim que as pessoas possuem. É por isso que você sempre aponta os defeitos do outro, e não as qualidades.
Como você pode observar, todas as causas que o levam a cometer o julgamento, seja lá do que for, não possui em si mesmo nenhuma característica da divindade que existe em você. Isto não passa de uma mera ilusão que o ego tem de estar separado e por sentir-se constantemente ameaçado. Mas o ego não é real. O ego nada mais é que um acúmulo de máscaras que você vem usando para ser aceito na sociedade. Você possui uma identificação muito grande com essas máscaras, e acredita que é aquilo que finge ser. Mas em essência você é pura consciência. Em essência você não pode julgar nada e ninguém, pois você possui o entendimento de que tudo já está dentro de uma ordem divina.
Não é preciso virar nada ou vir a ser qualquer coisa que você já não seja. Basta limpar a sujeira que vem encobrindo essa essência que está dentro de você e, o que sobrar, acredite, será essa pura consciência que age de acordo com a perfeição divina que você já é.
Diogo Beltrame
Universalista, Terapeuta Quântico, Consultor Metafísico,
Formador de Terapeutas Holísticos, Mestre em Reiki,
Renascedor e Palestrante
Fonte: Diogo Beltrame - Facebook