segunda-feira, 21 de março de 2016

A Luz da Consciência II




O passado é um peso morto. Ele é um fardo que você carrega junto de si, para cima e para baixo, como se fosse uma sombra.




É necessário que se encerre os ciclos vividos. Se você terminou um relacionamento, não traga mais ele para o seu momento presente. Se você brigou com alguém, ou se foi injustiçado, não traga essa briga ou a sensação de ser uma vítima para o seu agora. Toda vez que você se lembrar da agressão que possa ter sofrido no passado, ao acessar essa memória, é você mesmo que está se agredindo, e não mais aquele que o agrediu. Não importa o que tenha acontecido ontem, ano passado, ou há dez anos atrás. Isso não é mais real e deve ficar lá trás, e não aqui. Não importa se o passado é bom ou ruim. Você teve ótimas e péssimas experiências, mas nenhuma delas existem mais, elas são mortas e devem ser liberadas. Você deve se desapegar de toda essa bagagem velha, pesada e inútil.

Trazer o passado para a sua vida é assassinar o momento presente, pois o passado é morto e nada que esteja morto pode tocar a vida. A vida existe, ela está acontecendo agora, mas ao trazer as suas memórias passadas para ela, você a transformou nesse mesmo passado. Você a matou. Você tirou a vida dela e perdeu mais uma oportunidade de experimentar essa vida.

Você fez muitas viagens desde que chegou aqui, neste planeta, nessa vida. A sua roupa está cheia de pó. Ela está suja, muito suja. Não é mais possível distinguir a roupa da sujeira, aparentemente elas são uma coisa só. A roupa é a mente. A poeira são as memórias. E não adianta mais tentar lavar essa roupa. Quando alguma coisa está encardida não adianta lavá-la, não adianta colocar uma série de produtos químicos para limpá-la, pois pode até ser que as manchas saiam, mas outras serão deixadas por causa dos produtos que foram usados para limpá-la e, por isso, continuarão sujas. Portanto não as lave, arranque essas roupas e jogue-as fora, simplesmente. Saiba que por trás dessas roupas existe algo. Talvez você tenha esquecido porque está muito acostumado a usar roupas. Você está identificado com essas roupas sujas e acha que elas são parte do seu ser, mas não são. Por trás das roupas existe você, e, mesmo que você se confunda com elas, elas nunca poderão ser você. O que você é não pode ser mudado por nada que o encubra.

Saiba que, para se abrir ao novo, é necessário que antes você abandone o velho. É necessário soltar as memórias, todas elas. Você vive julgando e rotulando tudo o que vê porque traz as memórias do passado, isto é, aquilo que você viveu e classificou naquela ocasião para o seu momento presente. Ou seja, traz as suas percepções para tudo aquilo que se apresenta em sua vida e, por isso, acaba deixando de ver o real para que, a partir da limitação criada pela sua crença, projete todas as suas memórias naquilo que presencia ou vive no momento atual, reproduzindo todas as mesmas situações desgastantes do passado e, muitas vezes, sem se dar conta disto. Se você teve um relacionamento difícil, tende a projetar esse mesmo relacionamento frustrante do passado em seu presente. Se você teve um chefe ordinário, tende a reproduzir essa mesma realidade em seu novo emprego. Não adianta mudar o cenário nem os personagens, você sempre vai atrair para a sua vida o que acredita ser real. A vida não acontece de acordo com o que você quer, ela acontece de acordo com aquilo que você é. A sua vida é o que você acredita ser. Você atrai para a sua realidade tudo que ressoa com seu campo vibratório. Portanto, não adianta querer fugir das experiências passadas negando-as e chamando-as de ruins, pois, enquanto as memórias estiverem ativas e com uma crença equivocada sobre determinado assunto, tudo se repetirá, até que você resolva curar e liberar.

A mente só identifica o que ela conhece, e o que ela conhece é aquilo que você viveu, seja essa experiência positiva ou negativa, portanto, a sua mente sempre irá buscar novas experiências que sejam similares as do passado. Esse é o papel da mente, e isso só muda quando você libera tais memórias entendendo que elas são apenas "memórias" e que, portanto, devem ser neutras.

O ser humano se tornou uma máquina de reproduzir o passado para o presente. Você se tornou incapaz de enxergar a realidade que simplesmente é. E, enquanto isso acontecer, a vida e o encanto virgem que caminha com ela não se mostrará a você.

Viver o momento presente é mais do que se fixar no agora e tentar não pensar. Ele é, antes de qualquer outra coisa, a alteração da sua percepção sobre o tempo.

Viver o agora é permitir que novas experiências entrem em sua vida sem distorcê-las de acordo com a sua percepção; é estar aberto para conhecer o novo, assim como uma criança o faz, tendo a oportunidade de voltar a se encantar com a simples, porém, bela e graciosa vida que se apresenta a cada instante diante de você.

Diogo Beltrame


Universalista, Terapeuta Quântico, Consultor Metafísico,
Formador de Terapeutas Holísticos, Mestre em Reiki,
Renascedor e Palestrante

Fonte: Diogo Beltrame - Facebook

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