As relações pessoais parecem ser sempre uma das primeiras prioridades para muitos de nós. Talvez estejamos sempre à procura do amor. No entanto, essa procura não resulta sempre no parceiro certo porque muitas vezes, as razões do nosso querer não são muito claras.
Pensamos: "Se, eu tivesse alguém que me amasse, a minha vida seria fantástica." As coisa não funcionam assim.
Um dos exercícios que eu recomendo que façam é o de fazer uma lista das qualidades que procura numa relação, tais como o humor, a intimidade, comunicação aberta e positiva, etc. Olhe bem para a lista. É possível uma pessoa preencher todos esses requisitos? Seria possível você preencher alguns deles?
É muito diferente sentir a necessidade do amor e sentir-se carente de amor. A pessoa carente sente a falta do amor e da aprovação da pessoa mais importante que ela conhece - ela própria. Acaba envolvida em relações de dependência e pouco efetivas para ambas as partes.
Quando necessitamos de outra pessoa para nos sentirmos preenchidos, somos dependentes. Quando queremos que outra pessoa tome conta de nós, para não termos que ser nós a fazê-lo, tornamo-nos dependentes.
Sobretudo pessoas como eu, provenientes de famílias disfuncionais, aprendem a ser dependentes à medida que crescem. Durante muito tempo acreditei que não servia para nada e, onde quer que fosse, procurava amor e aprovação.
Se está constantemente dizendo ao seu parceiro aquilo que ele tem de fazer, provavelmente está tentando manipular a sua relação. Por outro lado, se estiver trabalhando nos seus padrões internos, então está permitindo que os acontecimentos fluam na direção certa.
Pare um instante para se colocar em frente a um espelho e pensar em algumas das convicções negativas da sua infância que possam estar afetando os seus relacionamentos.
Vê como ainda está recriando as mesmas convicções? Pense agora nas convicções positivas da sua infância. Será que têm a mesma carga das negativas?
Afirme que as convicções negativas já não têm qualquer utilidade para si e substitua-as com afirmações positivas. Poderá escrever as suas novas convicções e colocá-las bem à vista, onde possa vê-las todos os dias.
Mais uma vez, peço-lhe que seja paciente consigo. Insista tanto com as suas novas convicções, como fazia com as antigas. Eu própria resvalei tantas vezes e recaí nos velhos padrões antes de conseguir fortalecer as raízes das minhas novas convicções.
Lembre-se que quando for capaz de contribuir para a satisfação das suas próprias necessidades, a carência e a dependência não se farão sentir tão fortemente. Tudo começa com o amor por nós próprios.
Quando nos amamos verdadeiramente, ficamos centrados, calmos, seguros e as nossas relações em casa ou no emprego tornam-se maravilhosas. Irá dar por si a reagir às várias situações e às pessoas de uma maneira
diferente.
Aquilo que ontem era desesperadamente importante, hoje já não se afigura como tal. Entrarão novas pessoas na sua vida e, se calhar, algumas desaparecerão do seu círculo.
Ao princípio isso pode parecer assustador, mas no fim torna-se maravilhoso, refrescante, excitante até. Uma vez que tenha descoberto o que deseja numa relação, terá de sair e dar-se com as pessoas.
Ninguém vai aparecer a bater-lhe à porta. Os grupos de apoio ou as aulas à noite são uma boa maneira de encontrar gente nova. Aí é possível encontrar pessoas com ideias semelhantes às suas ou que partilham os mesmos interesses.
É incrível a rapidez com que podemos estabelecer novas amizades. Há muitos grupos de apoio e aulas em todas as cidades do mundo. É preciso procurar esses grupos porque as pessoas que estão a percorrer um caminho similar são sempre uma ótima ajuda.
Sugiro mais uma afirmação: "Estou aberto e receptivo a que entrem na minha vida experiências boas e maravilhosas." É melhor do que dizer "Ando à procura de um novo amor." O Universo responde-nos com o melhor quando estamos abertos e receptivos.
Há de verificar que à medida que o amor-próprio cresce, também se desenvolve o autorrespeito, e todas as mudanças que sente necessidade de introduzir tornar-se-ão mais fáceis de realizar, porque começa a saber que elas estão certas e que são as mudanças indicadas.
O amor nunca é exterior a nós - está sempre dentro de si. Quanto mais o sentir, tanto mais poderá atrair.
Louise L. Hay
Fonte: Extraído do Livro "O Poder Está Dentro de Sí"