terça-feira, 5 de março de 2013

Tabus nasceram pra serem quebrados





Uma coisa você tem que saber antes de tudo - rigidez moral limita seu progresso material e afetivo.






Perceba em você o quanto é importante a coisa da moral, e o quanto disso veio de fora. Moral é um conjunto de valores que pegamos da sociedade e aplicamos como regras pra nossa vida em grupo.

Muita dessa moral é egressa de valores religiosos e coisas tão velhas que se perderam no tempo. Moral é diferente de ética. Ser “ético” tem haver mais com regras de proteção de um grupo de pessoas, ou ideias. Ética é uma espécie de legislação sobre a moral.

A moral defendida pelos grupos sociais varia de cultura pra cultura.

A nossa "moral de cada dia", tende a fazer a gente se sentir um miserável, porque ela não é baseada na verdade de cada um, mas em normas autoritárias de um grupo dominante.

Quanta gente não sofreu e sofre por dar valor a essa tal “moral humana”. É na moral que se esconde o tal de TABU. TABU é baseado em CULPA.

TABU existe de todos os tipos, do sexual (o mais popular) ao social.

Tabu social é aquela coisa de fingir ser aquilo que não é, pra agradar a comunidade e seus valores rígidos. E quem não participa desse "circo" é taxado de ovelha negra.

O problema é que tem hora que você não tá afim de ser simpático, altruísta, generoso, bondoso, legal, família...tem hora que você não quer participar da festa.

São momentos que costumamos desrespeitar por medo do que os outros vão falar – medo da crítica – damos tanto poder aos outros que nos colocamos no fim da fila, e lá ficamos indefinidamente, nos sentindo uns bostas sem valor algum.

Tudo porque fizemos a besteira de querer agradar ao mundo antes de nos perguntarmos se aquela atitude nos machucaria.

E quando fazemos isso, sacaneamos nosso sistema de defesa e ensinamos ele a se comportar de maneira a aceitar tudo que os outros impõe – ae já viu, sua vida começa a funcionar toda errada, pois o poder você pôs nos outros.

Você fez isso com você. Não foi macumba, foi você!

Como diriam os antigos hippies “tabus nasceram pra serem quebrados” – não se pode aceitar algo que não tem haver com a sua verdade.

Aliás, é incrível que em pleno século 21, cerca de 50 anos após o movimento de contra cultura que balançou o mundo, ainda se discuta coisas como sexualidade, uso ou não de drogas, o papel da mulher na sociedade e liberdade de expressão.

Assumir as vontades, amores e gostos faz parte do crescimento de uma pessoa. Assumir perante o grupo e fazer prevalecer sua opinião diante da maioria no que tange suas necessidades pessoais também.

Se você não fizer isso, vai continuar criança diante dos outros, vai continuar se desculpando por ser quem você é, e isso é atraso de vida.

Se recalcar isso, tenha certeza, você vai pagar lá na frente.

E essa rigidez moral limita seu sucesso – como as forças da vida vão conseguir se expressar através de você, se você põe medo e culpa em tudo o que é seu? Não dá. Não vai rolar legal, e você vai se sentir enfraquecido.

Por isso faça um pacto com você – não dê ouvidos a moral humana, mas ao seu coração. Coração quando não tá misturado com a cabeça moralista, sempre acerta.

Renato Palhano

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