domingo, 5 de maio de 2013

Perdoar não é esquecer


Recentemente, li um texto falando sobre traição conjugal dizendo que se quisermos realmente perdoar, devemos esquecer o que aconteceu. Essa é uma visão comum sobre o que é o perdão e que acaba causando certa confusão.



Como é possível simplesmente "esquecer" o que houve? Só se estivermos com amnésia. Não há como, pois memórias não se apagam. O processo do perdão se dá de outra forma que não é através do esquecimento. Também não se trata de não tocar no assunto ou colocar panos quentes. Essas são aparentes soluções que não resolvem o problema.

O perdão acontece quando os sentimentos de mágoa, raiva e ressentimentos são dissolvidos completamente. E quando isso ocorre, voltamos a ficar em paz. A nossa essência mais profunda é de uma paz completa. Esse estado fundamental dentro de nós jamais é alterado. Entretanto, ele pode ser temporariamente encoberto com nuvens de sentimentos negativos.

Perdoar significa voltar a ficar em paz. E isso só é possível quando essas nuvens negativas são dissolvidas. Não adianta tentar "esquecer". O que na verdade todos nós queremos é nos livrarmos do sofrimento que a memória causa. A memória ou o fato ocorrido em si não é o problema. O problema é sempre a nossa reação emocional que nos provoca sofrimento. Os fatos e as lembranças jamais poderão ser mudados, mas é possível, sim, curar o que interessa: a nossa reação emocional. Essa é a única forma de eliminar o sofrimento.

Quando as pessoas tentam "esquecer", o que elas estão fazendo, na verdade, é reprimir as emoções. E quando os pensamentos desconfortáveis surgem, elas tentam pensar em outra coisa para não sofrer, mas isso não cura a ferida que está lá dentro guardada. Ela continua intacta, só não estamos olhando diretamente para ela na ilusão de que isso a fará desaparecer.

E como ainda há uma ferida emocional, mesmo não entrando em contato direto com ela, sofreremos suas consequências. Essas emoções ficam armazenadas no inconsciente e provocam diversos efeitos no nosso corpo, pensamentos e ações.

Os ressentimentos e mágoas reprimidos provocam tensão no corpo, geram ansiedade, inquietação. Nossa fisiologia é afetada pelas emoções reprimidas. Cada emoção é produzida quimicamente pelo nosso corpo (mesmo aquelas inconscientes) e alteram a produção dos hormônios e da química do bem-estar que nosso cérebro produz quando estamos livres das emoções negativas.

Essa energia presa dentro de nós tem uma força oculta (não a percebemos) e influencia na nossa forma de agir e pensar. Mesmo que você queira ficar bem com a pessoa da qual você guarda uma mágoa, sem querer, aquela energia o levará a criar algum tipo de conflito.

Talvez você tente controlar ou manipular o outro como uma forma de compensar a dívida que você sente que ele tem por você. Talvez você tente punir a outra pessoa sendo frio e se mantendo distante no relacionamento, criticando-a na frente dos outros, deixando de apoiá-la. Talvez você passe a se irritar facilmente e dê ‘patadas’ e foras constantemente. Bem, são inúmeras as maneiras que aquela mágoa guardada, mesmo estando bem escondida, vai se manifestar de forma prejudicial no seu relacionamento.

Por mais que tenhamos o desejo sincero de ficar bem com o outro, acabamos agindo de forma negativa. E depois não nos entendemos e ficamos frustrados. Só é possível se libertar dessa força sabotadora curando profundamente suas raízes, dissolvendo as mágoas, raivas e ressentimentos de forma plena.

Existem várias formas de curar essas emoções. Uma delas é utilizando a EFT, que é um dos processos mais rápidos e profundos. Convido a todos a listarem os eventos específicos, ou seja, as memórias que trazem mágoas e ressentimentos, e depois a aplicar EFT para dissolver todas essas emoções.

O resultado dessa liberação emocional é o que chamamos de perdão. Voltamos a ficar em paz. Sentimos alívio. Brotam sentimentos de compreensão e aceitação. Diminui a ansiedade, eleva a autoestima. O reflexo disso será visto na nossa forma de agir e pensar dentro do relacionamento.

Quando isso ocorre, entendemos que perdoar é algo que tem a ver apenas com nós mesmos. É um processo interior e não depende da mudança das pessoas e circunstâncias. Nossas mágoas e ressentimentos são uma tentativa equivocada de atingir a outra pessoa, como se isso fosse trazer algum tipo de justiça para que nós possamos finalmente ficar em paz.

Mesmo quando conseguimos punir e atingir a outra pessoa, os ressentimentos ainda vão permanecer dentro de nós. O sofrimento que queríamos eliminar continua a existir. E talvez agora, somado a ele, surgirá frustração, culpa, vazio e sensação de perda de tempo. Vivemos em um estado de confusão emocional que nos leva a caminhos completamente ineficazes de se alcançar paz e felicidade.

O caminho mais simples é liberar nossas próprias emoções. E, realmente, não é fácil fazer isso sozinho utilizando força de vontade. A EFT facilita esse processo em milhares de vezes. Algo que parece impossível liberar, seguindo o método, observaremos uma completa dissolução. Muitos ficam surpresos e espantados ao perceber uma emoção tão intensa ser dissolvida.

André Lima



EFT Practitioner, Terapeuta Holístico, Mestre de Reiki e Engenheiro.

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