sexta-feira, 7 de junho de 2013

Culpas e Responsabilidades Que as Crianças Assumem


Esse foi um caso real de uma aluna que atendi em um curso que ministrei de *EFT (técnica para autolimpeza emocional, veja como receber um manual gratuito no final do artigo) . O tema inicial que ela pediu para ser tratado foi "o medo da perda".



Começo, então, a fazer a investigação do que pode estar por trás desse sentimento. Normalmente vão surgir eventos de perdas do passado. Sempre que inicio uma sessão de EFT é impossível prever o rumo que ela tomará, e que sentimentos, crenças e eventos irão brotar.

Aos três anos de idade, Adriana (nome fictício) ganhou um irmãozinho. O bebê chegou recém-nascido da maternidade e estava em um quarto da casa. Adriana entrou rapidamente no ambiente na ânsia de ver a criança. O tempo estava frio, e para proteger o bebê, a mãe falou: "não abre a porta". Mas Adriana já havia entrado porta adentro.

Dias depois, o recém-nascido teve complicações de saúde e veio a falecer. Adriana, então com 3 anos de idade, sentiu-se culpada pela morte do irmão, por ter aberto a porta. Logicamente que a razão da morte não foi essa. A criança certamente já teria algum problema de saúde. Mas, na sua cabeça infantil, ela pensou que era ela a responsável.

A culpa lhe trouxe enormes consequências. Veja o que uma criança com apenas 3 anos é capaz de elaborar. Para compensar a dor dos pais (principalmente a dor do pai), ela resolveu assumir o lugar do menino e passou a vida se comportando como o menininho da casa, tornando-se também a grande companheira do pai.

Esse comportamento afetou totalmente a sua infância. Ela não se permitia ser uma menina e brincar como as outras. Assumir um papel como esse é um fardo muito pesado e certamente não era isso que seus pais queriam. Obviamente, Adriana não tinha uma consciência maior sobre esse processo, nem os pais percebiam claramente como a filha se sentia e o que ela estava fazendo. As coisas só foram ficando parcialmente mais claras para ela na vida adulta.

Durante o trabalho terapêutico com a EFT, as coisas ficaram ainda mais claras. Sempre que dissolvemos as emoções com a técnica, os nossos comportamentos e as razões emocionais por trás deles se tornam evidentes.

Boa parte do tempo agimos de uma forma automática, sem termos consciência dos sentimentos que estamos guardando desde a infância e que são os verdadeiros motivadores das nossas ações. Muitas vezes ninguém imagina que pode haver alguma séria complicação emocional por trás de um determinado comportamento aparentemente normal de uma criança.

Adriana cresceu, casou-se, e engravidou de gêmeas. Aos nove meses de gravidez, as filhas em gestação morreram. Como ela ainda guardava a culpa lá da infância, sentiu como se fosse uma punição pela morte do irmãozinho. Observe que a essa altura ela já era uma adulta que teoricamente teria capacidade intelectual para entender os fatos.

Mas as emoções não seguem a mesma lógica do raciocínio. É como se ficasse uma criança dentro de nós que não amadurece. No caso dela, além da culpa, a criança interior sentia que agora estaria sendo castigada.

A criança interior gerou ainda mais sentimentos conflituosos. Apesar de ainda de sentir culpada pela morte do irmãozinho, por um outro lado sentiu que havia pago uma dívida. Entretanto, como foram as meninas que morreram e não ela, sentiu-se culpada por que as filhas haviam pagado com a própria vida pelo seu erro.

O resultado de tanto acúmulo emocional foi um medo enorme da perda e sentimentos de abandono que acabaram gerando uma depressão que estava sendo controlada com remédios.

O trabalho emocional durante o curso foi bem profundo e intenso, com o surgimento de bastante conteúdo emocional carregado, como um intenso choro. Ao final da sessão, ela já conseguia falar sobre a perda do irmão e das filhas sem chorar, coisa que momentos antes seria impossível.

Muitos sentimentos foram dissolvidos com a EFT durante a sessão para que se chegasse a esse resultado. Foi feito um bom trabalho mas recomendei que ela procurasse fazer mais sessões após o curso para que pudesse dissolver todas as emoções remanescentes.

O que é importante ressaltar neste artigo, é que devemos prestar bastante atenção às crianças para compreender o que elas estão sentindo. Jamais os pais dessa aluna imaginariam que sua filha, aos 3 anos de idade, pudesse assumir uma culpa tão profunda e carregá-la ainda por toda a vida.

Muitos adultos agem e falam coisas na frente das crianças como se elas não compreendessem nada. As crianças tendem a assumir culpas por coisas que não lhe cabem, e também assumem papéis e responsabilidades quando vêem o sofrimento dos pais, na tentativa de fazê-los felizes. Além de prestar atenção na criança, é preciso conversar com elas e dar apoio para liberá-las de assumir esses papéis que só trazem mais sofrimento.

Outros exemplos de como as crianças assumem as culpas: Uma criança que nasce em um momento financeiramente difícil da família as vezes sente que veio como um fardo pesado e sente-se culpada por isso. Em casos onde a mãe morre no parto, a criança pode inconscientemente se sentir a causadora da morte, causando-lhe sérios problemas emocionais ao longo da vida. Outro exemplo também bastante comum é quando as crianças se sentem culpadas pela separação dos pais.

Além de prestar mais atenção e ter cuidado com os filhos, reflita se você vem carregando culpas e responsabilidades que foram assumidas na sua infância, para que você possa se libertar delas. Identificar o problema é o primeiro passo. Depois é necessário dissolver os sentimentos, e você poderá usar a EFT pra isso, pois é uma ferramenta excelente.

André Lima 


EFT Practitioner, Terapeuta Holístico, Mestre de Reiki e Engenheiro.
andre@eftbr.com.br
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Fonte: Somos Todos Um