Acredita-se equivocadamente que arrependimento e culpa são a mesma coisa, embora sejam coisas diferentes com consequências diferentes.
A culpa indica para o inconsciente que existe uma dívida por ter causado o sofrimento de outra pessoa, e entendendo que uma dívida precisa ser paga com a mesma moeda aquele que se sente culpado cria mecanismos externos para se punir até que possa zerar a sua dívida.
O problema é que não existe uma contabilidade que indique a quantidade suficiente de sofrimento para quitar essa dívida, e por isso a cobrança interna não acaba nunca. Ademais, ao gerar o próprio sofrimento a pessoa fica com raiva de si mesma e por isso sente necessidade de se punir ainda mais, causando mais sofrimento e cada vez mais mágoa de si mesma. A sua autoestima desaparece e quem ocupa esse espaço é a crença de não merecimento, gerando todo tipo de autossabotagem e carência afetiva, que vai se desdobrar em co-dependência emocional, insegurança e ansiedade. Ou seja, sentir culpa é a equação perfeita para quem quer sofrer. Além de não resolver o problema do outro cria uma enorme lista de problemas para si mesmo.
Já o arrependimento, ao contrário da culpa, é um sentimento de amadurecimento pessoal, pois é quando a pessoa reconhece que agiu de forma equivocada e que hoje não faria tal coisa. O próprio reconhecimento disto já quer dizer que a consciência de hoje é maior que a de antes, e isso quer dizer que a pessoa já aprendeu o que tinha que aprender. Não é necessário sentir culpa para se arrepender; não é necessário castigo; não é necessário sofrer para compensar o outro pelo o que fez. Basta ter a consciência do que fez e entender que naquele momento foi o melhor que podia ter feito, pedindo perdão se for possível, mas não dependendo da absolvição do outro para se libertar.
Ao se arrepender, a pessoa volta ao seu estado de humildade, retomando a conexão com a sua fonte. Esse movimento traz paz e liberta a mente dos conflitos internos. E, não havendo mais pendências com o passado, fica livre para viver o presente sem comprometer o futuro.
Diogo Beltrame
Universalista, Terapeuta Quântico, Consultor Metafísico,
Formador de Terapeutas Holísticos, Mestre em Reiki,
Renascedor e Palestrante
Fonte: Diogo Beltrame - Facebook
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